quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Testemunho: Ex-obreiro afirma que usava drogas dentro de Igreja Universal
Nesta semana que antecede a Santa Ceia do filho pródigo, que acontecerá em todos os Cenáculos do Espírito Santo do Brasil, no próximo domingo (28), um depoimento vem ilustrar bem a realidade de muitos: uma vida de aparências.
Durante a programação da IURD TV desta última segunda-feira (22), Claudio Moraes revelou detalhes da vida ilusória que vivia, mesmo estando na presença de Deus e servindo como obreiro na Igreja Universal do Reino de Deus.
Chegada à IURD
“Eu me envolvi com drogas aos oito anos de idade e com o tempo passei a estar no meio dos traficantes. Fiz pequenos furtos. Como vi que nesse meio dava para ganhar dinheiro fácil comecei a traficar. Nisso, a minha vida complicou ainda mais, porque, além do medo de enfrentar a polícia, tinha que estar atento às facções rivais que poderiam se apossar do ponto”, revela.
Claudio disse que viveu um período conturbado, no qual o sossego não existia. “Comprava muita droga e acabei contraindo dívida com um dos traficantes que me jurou de morte. Vivia num estado de pânico, pois, quando me drogava, ficava alucinado, em alerta o tempo todo. Qualquer barulho me deixava vigilante”, disse.
Durante esse período, Claudio começou a frequentar a Igreja Universal a convite de uma colega. “Ia todos os dias e num determinado momento o traficante foi em minha casa cobrar a dívida. Quando fui pagá-lo, ele não aceitou e me contou que a minha dívida estava paga. Eu não esperava aquela atitude”, revelou.
Ao chegar à IURD, Claudio começou a participar dos encontros do Força Jovem e também das reuniões de libertação. “Eu dava a minha vida, buscava as almas e fui mudando, até que eu achei que havia sido batizado com o Espírito Santo, mas, na realidade, era puro sentimento”, afirmou.
A queda
Ele chegou a exercer o trabalho voluntário de obreiro, entretanto, não havia tido um encontro com Deus. Por causa disso, as funções que cumpria passaram a ser vistas como um fardo.
“Tinha o apelido de ‘Ambulância’, porque levava um monte de gente doente para a igreja, mas eu não tinha prazer de colocar o uniforme. Teve uma vez que eu comprei droga, levei para dentro do banheiro da igreja, usei e voltei para trabalhar como obreiro no salão. Depois que me afastei minha vida virou um inferno”, comentou.
Sem emprego, Claudio começou a furtar objetos de dentro de casa para manter o vício. “Quando me afastei da IURD, minha mãe me expulsou de casa e disse que eu era a desgraça da vida dela.”
Sem ter para onde ir, Claudio se tornou um andarilho e percorreu diversos estados brasileiros. “Morei em alberguesem São Paulo, virei mendigo no Paraná e assim fui sobrevivendo. Quando fui para o Mato Grosso, cheguei a comer esterco no meio do pasto de tanta fome. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, tive de beber águaem valeta. Exalava um fedor insuportável e as pessoas tinham medo de mim”, explanou.
A volta
Claudio revelou ter se sentido solitário e achava que Deus não o queria mais. Esse pensamento só mudou quando se lembrou da parábola do filho pródigo. “Voltei para São Paulo, mas não consegui me firmar na Igreja, porque achava que todos iam ficar me olhando. Eu me casei, mas nossa vida era um inferno. Depois de um tempo, decidi dar um basta àquela situação e fui até a IURD. Pedi ajuda a um pastor, pois queria ter minha comunhão com Deus”, relatou. E completou: “Lembrei que já tinha brincado com Deus, mas falei para Ele que dessa vez ia fazer tudo certo. Voltei ao primeiro amor, comecei a buscar ao Senhor e tive um encontro com Ele. Voltei a ser obreiro, tenho prazer em ganhar almas e minha esposa se converteu. Para mim, o Senhor é tudo e sem Ele não sou nada”, assegurou.
Procuradora quer proibição de bancadas evangélicas em Brasília: “O estado é laico”
Simone Andréa Barcelos Coutinho, procuradora em Brasília do município de São Paulo, defende uma reforma no código eleitoral que impeça no Congresso Nacional a existência de representações religiosas, ainda que informais, como o lobby católico e a bancada evangélica.Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel Para ela, essas representações são incompatíveis com o Estado laico estabelecido pela Constituição brasileira. “O Poder Legislativo é um dos Poderes da União; se não for o Legislativo laico, como falar-se em Estado laico?”
Em artigo no site Consultor Jurídico, Simone escreveu que há duas formas de separação entre o Estado e as instituições religiosas, uma é total e outra é atenuada – e esta é o caso brasileiro.
“Num Estado laico todo poder emana da vontade do ser humano, e não da ideia que se tenha sobre a vontade dos deuses ou dos sacerdotes”, escreveu. “Se o poder emana do ser humano, o direito do Estado também dele emana e em seu nome há de ser exercido.”
Por isso, acrescentou, o interesse público “jamais poderá ser aferido segundo sentimentos ou ideias religiosas, ainda que se trate de religião da grande maioria da população.”
Argumentou que, assim, o que define um Estado verdadeiramente laico não são apenas a garantia da liberdade religiosa e a inexistência formal de relações entre esferas governamental e religiosa, mas também a vigência de normas que proíbam qualquer tipo de influência das crenças na atividade política e administrativa do país.
Nesse sentido, escreveu, partido que tenha em seu nome a palavra “cristão”, por exemplo, representa uma transgressão ao Estado laico. “Os partidos fornecem os candidatos aos cargos ao Legislativo e ao Executivo, que são poderes que devem ser exercidos com absoluta independência das religiões.”
Ela observou que a atual legislação não impede que a eleição de ativistas religiosos filiados a determinada crença, o que compromete “seriamente” a noção de Estado Laico. Até porque esses ativistas acabam tendo a campanha política financiada pelas igrejas.
A procuradora argumentou também que o Estado laico pressupõe “o pluralismo de ideias, a tolerância, o respeito à multiplicidade de consciência, de crenças, de convicções filosóficas, políticas e éticas”. O que, segundo Simone, é impossível de se obter quando há interferências religiosas no Estado, porque elas, por sua natureza, são redutoras e restritivas, ainda que sejam ditadas com o suposto objetivo do “bem comum”.
“Para aonde vai o direito ao Estado laico num cenário político recortado pelas religiões?”
Em artigo no site Consultor Jurídico, Simone escreveu que há duas formas de separação entre o Estado e as instituições religiosas, uma é total e outra é atenuada – e esta é o caso brasileiro.
“Num Estado laico todo poder emana da vontade do ser humano, e não da ideia que se tenha sobre a vontade dos deuses ou dos sacerdotes”, escreveu. “Se o poder emana do ser humano, o direito do Estado também dele emana e em seu nome há de ser exercido.”
Por isso, acrescentou, o interesse público “jamais poderá ser aferido segundo sentimentos ou ideias religiosas, ainda que se trate de religião da grande maioria da população.”
Argumentou que, assim, o que define um Estado verdadeiramente laico não são apenas a garantia da liberdade religiosa e a inexistência formal de relações entre esferas governamental e religiosa, mas também a vigência de normas que proíbam qualquer tipo de influência das crenças na atividade política e administrativa do país.
Nesse sentido, escreveu, partido que tenha em seu nome a palavra “cristão”, por exemplo, representa uma transgressão ao Estado laico. “Os partidos fornecem os candidatos aos cargos ao Legislativo e ao Executivo, que são poderes que devem ser exercidos com absoluta independência das religiões.”
Ela observou que a atual legislação não impede que a eleição de ativistas religiosos filiados a determinada crença, o que compromete “seriamente” a noção de Estado Laico. Até porque esses ativistas acabam tendo a campanha política financiada pelas igrejas.
A procuradora argumentou também que o Estado laico pressupõe “o pluralismo de ideias, a tolerância, o respeito à multiplicidade de consciência, de crenças, de convicções filosóficas, políticas e éticas”. O que, segundo Simone, é impossível de se obter quando há interferências religiosas no Estado, porque elas, por sua natureza, são redutoras e restritivas, ainda que sejam ditadas com o suposto objetivo do “bem comum”.
“Para aonde vai o direito ao Estado laico num cenário político recortado pelas religiões?”
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